MET GALA | Manus x Machina

Anualmente a Vogue organiza um dos eventos mais maravilhosos do ano: THE MET BALL. Este é um baile que exulta e vibra Moda.

Todos os anos há um tema de uma exposição e, sob esse tema os participantes são convidados a darem o melhor de si e viver MODA!

Este ano a temática foi Manus x Machina - Fashion in an Age of Technology. Ou seja, celebra-se o movimento tecnológico contraposto pelo tradicional manual. A dicotomia entre o manual e o manufacturado.

Segundo a minha pesquisa, a inspiração inicial para esta exposição, foi o vestido de noiva que Karl Lagerfeld criou em 2014, onde ambos os processos se fundem. Lagerfeld criou um vestido alta costura, sem costuras. Passo a explicar, em vez do vestido ter sido costurado, foi moldado. Para os curiosos como eu, para a produção deste vestido foram necessárias cerca de 450 horas de trabalho!!

A exposição, actualmente a morar em New York, promete reconciliar o artesanal e o industrial. A abordagem do curador Andrew Bolton, que reuniu cerca de 120 looks para serem expostos, mostra convergência entre a mão e a máquina, mostrando como elas podem caminhar de mãos dadas.

Pois as máquinas, actualmente fazem um excelente trabalho na produção, mas ainda não possuem autonomia criativa e emocional. Essa reside no talento, criatividade, inteligência e sensibilidade de quem cria e faz o desenho.

Outra inspiração importante, foi o filme 'Metrópolis' (1927) de Fritz Lang, que começa e termina com um epigrama. A mensagem? “O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser sempre o coração.”

Em representação da era manual, um dos vestidos mais antigos, data 1880 é da assinatura de Charles Worth (considerado o pai da alta costura e dos desfiles de moda com modelos) até aos mais contemporâneos com a assinatura de Christopher Kane. Do lado tecnológico representam Hussein Chalayan, Raf Simons, Iris van Herpen, entre outros.

Posto isto, os convidados poderiam optar por levar coordenados de inspiração e produção tecnológica (impressão 3D, malharia circular, modelagem computarizada, corte a laser).

Ou, em contrapartida, Manual (bordados, arte emplumaria, plissados, renda, couro artesanais...) típica de alta costura. Ou.. a junção dos dois!

Assim sendo, vamos ver os que mais se destacaram, para mim, nesta edição.

Claire Danes, veste um coordenado da autoria de Zac Posen. À primeira vista, achei um momento Cinderela. Sem um grande componente WOW. Mas... este vestido foi dos mais marcantes da noite. Pois assim que as luzes desapareceram... A Clare, fez-se de luz! MARAVILHOSA CRIAÇÃO!!!!

Sarah Jessica Parker, a nossa Carrie. Veste Monse, custom made.

Deixou que o século 18 fosse a inspiração do seu coordenado e é só detalhes atrás de detalhes. Os sapatos com acessórios diferentes mas a combinar na perfeição. O tule a sair dos pulsos..

E reparem na trança simbólica, atada por um laço preto na parte de trás do cabelo, no video que vos deixo de seguida.